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14/06/2018

Fogos de artifício provocaram mais de 5 mil internações nos últimos dez anos

Fonte: Saúde

Um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) mostra que, entre 2008 e 2017, o manuseio inadequado de fogos de artifício fez 5 063 pessoas serem internadas em todo o país. A pesquisa é parte de um alerta das entidades em relação ao uso consciente desses artefatos durante a época de festas juninas e da Copa do Mundo.

Os dados retirados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde mostram que a Bahia é a campeã de acidentes em quase todos os anos: 20% das internações ao longo da década ocorreram em municípios baianos.

São Paulo aparece em segundo lugar com 962 casos (19%) e, em seguida, Minas Gerais, somando 701 ocorrências (14%). Juntos, os três estados representam mais da metade dos todos os episódios registrados no período (53%).

Já Roraima aparece com 17 casos e Tocantins e Acre com 14. São os estados com o menor número de hospitalizações relacionadas ao uso de fogos em território verde e amarelo. Ainda segundo o trabalho, em 21 anos aconteceram 218 óbitos.

Fora o risco de morte, o uso inadequado de fogos de artifício pode provocar queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão e lesões auditivas.

“Quando se trata de fogos de artifício, todo cuidado é pouco. Além de sempre seguir as instruções do fabricante, nunca se deve carregar bombinhas nos bolsos e acender próximo ao rosto. É importante ainda evitar associar a brincadeira ao uso de bebida alcoólica”, orienta Patrícia Fucs, presidente da Sbot, em comunicado à imprensa.

O cuidado deve ser maior em junho, devido à realização das tradicionais quermesses. Neste ano ainda temos a Copa do Mundo, outro evento com grande potencial de resultar no maior uso de fogos de artifício.

Alerta especial para as crianças

Outro dado preocupante levantado pela pesquisa: 39% das internações envolviam crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. “Não há fogos seguros para o manuseio de crianças. Elas não devem manipular e nem ficar expostas a nenhum tipo de fogos, mesmo os de classificação livre. Elas devem saber que fogos são perigosos e que só devem ser utilizados por adultos ou por profissionais, seguindo as instruções de segurança. Essa postura reduzirá os acidentes de forma eficiente”, afirma o presidente da SBCM, Milton Pignataro.

 

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