Imprensa

SBCM na Mídia
31/12/2017

Venda irregular de fogos de artifício se espalha na região

Fonte: Diário do Grande ABC

Às vésperas do Réveillon, ambulantes voltaram a atuar livremente em ao menos em dois municípios do Grande ABC na venda irregular de fogos de artifício. De forma escancarada, os camelôs sequer mostram preocupação com a intensificação de ações realizadas por agentes da PM (Polícia Militar) e órgãos vinculados às prefeituras.

Nesta semana, ao menos seis ambulantes irregulares foram flagrados pela equipe do Diário vendendo os artefatos, de maneira irregular, nos municípios de Santo André e São Bernardo.

Em barracas improvisadas, sem qualquer item de segurança e alvará específico de funcionamento para esta finalidade, os camelôs foram vistos manuseando os fogos de artifício, inclusive, perto de crianças, o que é proibido pela legislação federal.

Na Rua Carijós, em Santo André, altura do número 2.000, fogos de artifício eram expostos ao lado de sorvetes e bebidas numa pequena banca de jornal. “Todo ano eles aparecerem aqui e vendem para qualquer um, até menores de 18 anos”, enfatiza a dona de casa Lourdes Fonseca, 49.

Com preços variando entre R$ 15 e R$ 45, dependendo da quantidade de explosivos, o comércio irregular também foi flagrado na região da Vila São Pedro, em São Bernardo, em dois pontos de alta concentração de pedestres. Lá, em caixotes improvisados, alguns explosivos eram expostos até mesmo fora das embalagens.

“Os fogos de artifício são bonitos para os olhos, mas um perigo para as mãos”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, Carlos Fernandes.

De acordo com o médico, os artefatos não podem ser manuseados sem o uso de suportes, e nunca sejam segurados diretamente nas mãos. “Os fogos podem provocar lesões leves como queimaduras, mas, dependendo da potência, podem provocar a amputação de dedos e até da própria mão”, alerta.

Procurada pelo Diário após os flagrantes de venda irregular na região, a PM transferiu para prefeituras “a responsabilidade de fiscalizar a venda de fogos de artifícios”. As administrações municipais, por sua vez, destacaram a intensificação da fiscalização em seus territórios.

"O procedimento de fiscalização realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) se dá por meio de reclamação ou em blitzes, realizadas em maior número especialmente nestas épocas de fim de ano”, esclarece, em nota, a Prefeitura de Santo André.

O Paço de São Bernardo, por meio da GCM (Guarda Civil Municipal), informou também intensificar a fiscalização nas áreas citadas pela equipe do Diário.  

 

Voltar