Imprensa

Releases
19/12/2017

Mau uso de serras elétricas é a principal causa de acidentes nas mãos no Paraná

 Uma pesquisa realizada no Hospital Universitário Cajuru da PUC-PR mostrou que, num período de 12 meses, dos 184 atendimentos por acidentes nas mãos, 98 deles eram resultado do mau uso da serra elétrica.

O uso do equipamento é comum na construção civil, mas muitos trabalhadores não sabem operar a serra elétrica ou não fazem uso dos artigos de segurança, aumentando o risco de acidentes nas mãos. Além disso, muitos deles usam serras de mármore para serrar madeira, o que aumenta o risco de acidentes. "As serras utilizadas para mármores ou porcelanatos não devem ser usadas para cortar madeira. O mármore é linear, não tem ranhuras no seu interior. A madeira tem veios, e faz com que a máquina ricocheteie. Tanto que a mão mais frequentemente acometida não é a que segura a máquina, mas sim a que segura o objeto que está sendo cortado", explica Eduardo Murilo Novak, diretor da Regional Sul da Sociedade Brasileira de cirurgia da Mão.

O tipo de lesão causada por serras elétricas geralmente é grave, levando muitas vezes a sequelas irreversíveis. A pesquisa ainda mostrou que a mão esquerda é mais acometida (64%) e que 90% dos feridos são homens, sendo 30% deles com idade entre 20 e 29 anos. “A população mais afetada é de jovens, ou seja, pessoas economicamente ativas, que têm um grande futuro pela frente e, se eles não recebem um atendimento adequado, feito por um especialista, podem ter consequências graves, como amputação do membro”, afirma o médico.

O especialista ressalta que a prevenção de acidentes é a melhor maneira de cuidar da saúde. “É importante o treinamento daqueles que trabalham com o equipamento, além do uso dos itens de segurança e, principalmente, a utilização da máquina correta de acordo com o produto a ser cortado. Um simples descuido pode causar danos irreversíveis”, finaliza Eduardo Murilo Novak. 

SOBRE A SBCM

Fundada em 1959, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão apoia o desenvolvimento da especialidade no País e contribui para o aprimoramento dos profissionais da área, residentes e estudantes de medicina.  A instituição tem mais de 700 membros associados em todo o Brasil.

 

Voltar